domingo, 28 de dezembro de 2014

15 de Novembro

Nunca se ouviu dizer em “histórias de amor na primavera”, ouve-se, sempre, dizer em “ meu amor de verão”. É, aquelas coisas que acontecem durante as férias de verão, quando se sai em viagem e acaba conhecendo alguém que marca esse período, que, diga-se de passagem, é muito bom.
Pois bem, vou lhes contar uma “história de amor de primavera”.
Era um dia como outro qualquer, várias coisas a se fazer, almoço com os pais, shopping com as amigas, e à noite, festinha. Após uma longa semana de trabalho sob o brilho e calor intenso do sol, logo neste dia, o clima resolveu virar. Foi um dia cinza, com um vento “sudoeste” irritante, e quando a noite chegou, o frio estava “de matar”. Mesmo que a festa já estivesse marcada há semanas, com as entradas em mãos, ‘ele’ havia perdido a vontade de sair. Estava cansado e desestimulado a fazer tal coisa naquele dia. Mas, como nunca se está sozinho, suas amigas tanto insistiram que ele acabou se decidindo em ir, mesmo que a “contra gosto”.
Decidiram-se por não fazer o famoso “esquenta” de sempre antes das baladas que costumavam ir. Após todos prontos, pegaram o táxi e rumaram ao local.
A casa estava cheia. Gente bonita, de muito bom gosto, e, de certa forma, interessante, mas ‘ele’ sabia que ali não era um lugar propício a acontecer qualquer situação que não fosse curtir a noite ao lado delas.
Nem sempre as coisas são como se pensa.
A festa estava animada, som bacana, ambiente legal. Enquanto ‘elas’ “estudavam o local”, ele só pensava em beber e dançar, afinal, era “o que tinha pra hoje”, até que o inesperado aconteceu, uma simples troca de olhares o fez sentir que algo pudesse acontecer, mas não se “ligou” muito. Continuou a beber e dançar. A noite corria solta, ‘elas’ aproveitando ao máximo, ‘ele’, tomado de uma inquietação, buscava aqueles olhos em meio a multidão. Para sua surpresa, um toque aconteceu quando retornava do banheiro, seguido de um sussurro ao pé do ouvido: “- Vou e já volto!”. Sem muita reação, ‘ele’ foi ao encontro delas, com um leve sorriso no rosto, quando uma delas  virou-se e disse que alguém o procurava por ali.
Algum tempo depois, eles se aproximaram e saíram à parte externa da boate para conversar, e de repente, um beijo aconteceu para quebrar o silêncio que havia pousado sobre os dois. Resolveram voltar à pista, onde estavam suas amigas. Num primeiro momento, mantiveram uma certa distância e, com um tempo, aproximaram os dois grupos, e enquanto todas elas se divertiam, eles passaram a noite juntos, curtindo o som, o ambiente, a si mesmos.
“Lá pelas tantas”, a festa já quase no fim, ‘ele’ resolveu ir embora, suas amigas também, e, mesmo que eles tivessem passado “all night  long together”, o ‘outro’ não havia, ainda, passado o telefone, então “ele” resolveu perguntar. Trocaram os números, e antes de partir o ‘outro’ o convidou a ir para sua casa, mas ele negou, afirmando que poderiam se encontrar mais tarde para uma conversa mais formal.
Como prometido, encontraram-se no shopping, conversaram sobre a noite anterior, rindo muito de tudo o que havia acontecido. Ao final, ‘ele’ resolveu levar o ‘outro’ em casa, e acabou aceitando o convite a subir.
Renderam-se a um longo e demorado beijo.
Despediram-se.
‘Ele’ pensou que havia acabado ali, mas não, as trocas de mensagens se estenderam durante a semana, seguidas de dois encontros. E assim permaneceram por semanas. Embora existissem planos, eles se decidiram em continuar a “se conhecerem” melhor. Fizeram planos, e até mesmo um fluxograma, que, segundo o ‘outro’, era aderente. Seguiriam “juntos” até as proximidades do Natal daquele ano, até que tais planos sofreram mudanças, e o ‘outro’ teve que adiantar sua “partida”.
A uma semana de acontecer, eles se entregaram a fortes emoções e acontecimentos, o que causou um crescimento de determinados sentimentos, e agora não se sabe o que possa vir a acontecer. O tempo será de um longo e interminável mês. Estarão longe um do outro, fisicamente, ressalvo, durante as datas comemorativas de fim de ano, aguardando o que possa vir a acontecer após o 13 do mês seguinte.
Por isso, ‘ele’ resolveu dizer:

“- Tendo como um incerto futuro, por tudo o que aconteceu, e por tudo que possa vir a acontecer, saiba que você foi e é “meu amor de primavera”, de uma intensidade tal qual “um amor de verão”.

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